Deus Esta Voltando - Ozeias

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A intimidade com Deus



O cristão não pode se perder em meio às suas dores


Desde o início, a Igreja foi perseguida. São Justino foi um grande filósofo e um grande estudioso da Filosofia e da Palavra de Deus. E só encontrou uma verdade: Jesus Cristo! E se tornou mártir, porque quis mostrar ao mundo que Jesus Cristo é o Senhor. Olhando para todas as perseguições pelas quais ele passou, percebemos que não há diferenças entre a época em que ele viveu com a de agora, pois também vivemos num tempo de perseguição. Basta entrar nos cinemas para ver que muitos filmes têm como objetivo principal acabar com nossa fé.


As coisas não mudaram, a cada momento enfrentamos a ira daqueles que não querem ver o Evangelho sendo anunciado. Isso nos ajuda a não nos esquecermos de que o servo não é maior que o Seu Senhor. E se Jesus, que é o Nosso Senhor, morreu, quem dirá nós.

Hoje, somos convidados para assumir uma postura diferente diante da sociedade. Quantos amigos perdemos para o mundo por terem se deixado levar por diversas ideologias? O cristão é aquele guerreiro que nada contra correnteza.

O homem tem a ânsia de ser feliz, e quer, sinceramente, preencher o vazio que há em seu coração. Mas muitos homens de hoje estão se alimentando do lixo da idolatria, que foi tão combatida por São Justino. Não podemos alimentar a nossa fé e a nossa caminhada com o "lixo" do mundo. Não podemos nos esquecer de que a verdade é Jesus. Quando nos encontramos com esta verdade, o "mundo" vem cheio de ira para cima de nós.

Olhando para o livro dos Atos dos Apóstolos, encontramos as características dos primeiros cristãos: a alegria, a fração da Eucaristia, o amor fraterno, a partilha dos bens... Hoje é lamentável ver que estamos perdendo essas características.

Muitos cristãos têm andado cabisbaixos por aí, esquecendo-se de buscar o Senhor de todo o coração. A idolatria está tomando conta de nossas casas, muitos têm trocado o crucifixo e as imagens de santos por objetos de superstição.

Vivemos no caos, porque nos esquecemos de nossa essência. Quando perdemos a dimensão de que fomos escolhidos e acolhidos por Deus, não conseguimos enxergar a felicidade e a salvação.

Os mártires não olharam para a perseguição nem para o martírio. Eles não retrocederam no seu testemunho em Jesus por medo de serem julgados pelos homens. Muitas vezes, somos levados a olhar somente para os nossos problemas, para as nossas fraquezas e não conseguimos olhar para Cristo.

O cristão não pode se perder em meio às suas dores, pois ele é em Cristo mais que vencedor! Somos chamados por Deus para, neste tempo, dizer corajosamente que somos de Cristo!


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VOCAÇÃO



Falar em vocação nos traz de imediato à mente a compreensão de um chamado e de uma missão a cumprir. Os documentos da Igreja ensinam que toda pessoa é vocação. Sob a luz da fé cristã, não nascemos apenas do encontro do amor de um homem com uma mulher, mas, todos somos pensados e queridos por Deus desde sempre e para sempre. Toda pessoa tem uma origem divina e humana ao mesmo tempo.
Em nossa origem divina e humana, feitos à imagem de Deus, somos todos missionários na essência de nosso ser. Cada pessoa, onde quer que se encontre, tem uma missão a viver e a cumprir. Ninguém é maior, ninguém é menor. Na fé cristã, o valor de alguém, não se mede pelo cargo que ocupa, mas, pelo amor que se vive. Somos membros vivos uns dos outros. Todos são necessários.
Essa consciência do valor da vida nos leva ao dever de compromisso na solidariedade com todos, principalmente com os mais pequeninos e necessitados de nosso mundo. Santo Agostinho afirma: “A maior glória de Deus é a dignidade do homem”.
É, portanto, impensável viver a fé sem a consciência de um compromisso sério de comunhão com Deus e com os irmãos. “Quem diz amar a Deus a quem não vê e não ama o irmão a quem vê, se engana a si mesmo e é mentiroso” (1Jo.4,20-21).
Como cristãos, devemos permanentemente nos questionar sobre as exigências práticas de nossa vocação e vida cristã. Como valorizamos nossa vida e a vida de todos que nos cercam? Que tempo investimos no cultivo dos valores da vida em família, na comunidade e na Igreja? É bom saber. Valor não é um conceito e nem apenas um conhecimento, mas, um bem que investimos e levamos a sério em nossa vida.
Esta é a verdade. No amor somente se partilha aquilo que se é. “Ama teu próximo como a ti mesmo” Lc.10,27. Quem não se ama e não é honesto consigo não ama a ninguém. Como querer transformar os outros, o mundo, se por primeiro não nos transformamos a nós próprios? Sem dúvida, o mundo precisa de doutores e de teólogos, mas precisa acima de tudo de pessoas que vivam sua fé. Neste mês em que à Igreja nos convida a refletir sobre a vocação, somos convidados a pensar sobre que valor damos a nossa vida e a vida de todos. Sem dúvida, faz muito sentido refletir sobre como cada um vive em família, na comunidade, na Igreja e em sua missão específica no mundo.